Mercado de imóvel usado mantém vendas em alta pelo quarto mês

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Alta procura por imóveis acontece no mesmo momento em que procura por locação tem queda acentuada

As vendas de imóveis usados cresceram pelo quarto mês seguido no Estado de São Paulo, mas o crescimento em junho foi de apenas 0,32%, acentuando a perda de ritmo que já havia sido registrada em maio pela pesquisa feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). A sequência de resultados positivos começou em março, com alta de 9,32% sobre as vendas de fevereiro, disparou em abril com 16,33% para então baixar para 8,65% em maio e agora 0,32%.

– Embora tenha havido essa desaceleração, o resultado do primeiro semestre é muito bom – avalia José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.

O saldo acumulado do semestre é positivo em 28,24%, consequência de cinco meses de vendas em alta e apenas um de queda – fevereiro, com baixa de 7,34% em relação a janeiro. A locação de imóveis residenciais segue caminho inverso, ao registrar em junho crescimento de 1,48% sobre maio, que havia registrado alta de 0,30% sobre abril, mês em que o número de locações caiu 7,94%. No acumulado do primeiro semestre, o saldo é positivo em 0,64%.

O comportamento dos preços no primeiro semestre reflete o bom desempenho dos dois mercados. O índice Creci-SP mostra que os preços dos imóveis usados – aluguel e preço médio de metro quadrado de imóvel vendido – acumulam alta de 6,87% nos primeiros seis meses do ano, apesar da forte baixa registrada em junho. A queda em relação a maio foi de 8,99%. Foram considerados na composição do índice Creci-SP de junho os preços de venda e de locação de 3.843 imóveis.

Sobre o comportamento do mercado nos próximos meses, Viana Neto é cauteloso.

– Há preocupação crescente com o emprego e a renda dos trabalhadores, as expectativas vivem forte pressão negativa por conta do dólar e dos déficits crescentes no balanço de pagamentos e incertezas com o cumprimento da meta de inflação, e esse quadro pode afetar o mercado imobiliário – afirma. O presidente do Creci-SP lembra que a renda média dos trabalhadores teve a quinta queda seguida em Julho, segundo o IBGE. O rendimento de R$ 1.848,40 em julho ficou 0,9% abaixo do registrado em junho.

Mas no outro prato da balança, ele pondera, “pesam a favor de um bom desempenho no segundo semestre a renda extra que muitas famílias terão com a antecipação de parcela do 13º salário, os bônus e participações em lucros e resultados e os reajustes salariais de muitas categorias profissionais.” O presidente do CreciSP acrescenta que “faria muito bem ao mercado, à sociedade em geral e especialmente às famílias que não têm casa própria uma atitude mais colaborativa dos bancos, reduzindo os juros dos financiamentos e ampliando os prazos de pagamento”.

As 1.373 imobiliárias pesquisadas pelo Creci-SP em 37 cidades do Estado de São Paulo, incluída a capital, venderam em junho 53,38% do total em apartamentos, e 46,62% do total em casas. Esse volume de vendas fez o índice estadual de vendas crescer 0,32%, de 0,6556 em maio para 0,6577 em junho.

Das quatro regiões que compõem a pesquisa do Creci-SP, tiveram desempenho positivo em junho em relação a maio o Litoral (+ 8,24%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 29,43%). As vendas caíram na capital (- 12,8%) e no Interior (- 10,37%).

A maioria das vendas em junho -61,24% do total – foi feita com financiamento bancário, seguida pelas vendas à vista, com 36,62%, e pelas vendas com prazo concedido pelos proprietários, com 2,21% de participação no total vendido. Apenas 0,22% das vendas foram feitas com financiamento de consórcios imobiliários.

Os proprietários concederam descontos sobre os valores originalmente pedidos de 8,1% nos imóveis situados em bairros de regiões centrais das cidades, de 9% nos bairros nobres e de 10,4% nos bairros de periferia. A pesquisa Creci-SP apurou que os imóveis mais vendidos em junho no Estado de São Paulo foram os de valor médio superior a R$ 200 mil, com 56,04% do total.

A pesquisa feita pelo Creci-SP com 1.373 imobiliárias constatou que o total de imóveis alugados em junho nas 37 cidades pesquisadas fez o índice estadual de locação evoluir de 2,1194 em maio para 2,1508 em junho. O crescimento de 1,48% foi puxado pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco com alta de 25,19% no número de contratos assinados no período.

Nas outras três regiões que compõem a pesquisa, o número de locações em junho caiu em relação a maio. Houve queda de 2,15% no Interior, de 13,04% no Litoral e 1,75% na capital.

A maioria dos contratos teve no fiador (59,91%) a garantia de pagamento em caso de inadimplência dos inquilinos, seguido pelo seguro de fiança (18,02%), pelo depósito de três meses do valor do aluguel (13,38%), pela caução de imóveis (7,52%) e pela locação sem garantia (0,81%).

Os proprietários concederam em junho descontos sobre o valor original do aluguel pedido que variaram de 9,3% em bairros de áreas nobres a 10% em regiões centrais e no bairros da periferia. Os imóveis com aluguel médio até R$ 1.000 representaram 57,33% dos novos contratos formalizados no mês.

As 1.373 imobiliárias pesquisadas pelo Creci-SP receberam de volta 1.922 imóveis de inquilinos que desistiram da locação, número que representa 65,09% do total de novas locações contratadas em junho.

A pesquisa do Creci-SP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo. São elas: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.

FONTE: https://www.imovelweb.com.br/noticias/mercado-imobiliario/sp-mercado-de-imovel-usado-mantem-vendas-em-alta-pelo-quarto-mes/

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